Santo Ângelo deu início, no fim do mês de julho, a um projeto de revitalização urbana com a utilização de mão de obra de três apenados do regime semiaberto. O “Florir Santo Ângelo” contempla a limpeza e o embelezamento de dois passeios públicos centrais da Avenida Brasil. A ação foi autorizada pela Vara de Execuções Criminais e tem supervisão da Polícia Penal.
A revitalização está sendo executada pela Secretaria de Meio Ambiente (SMA) do município, em parceria com o Instituto Penal de Santo Ângelo (IPSA) e a 3ª Delegacia Penitenciária Regional (3ª DPR). Embora não se trate de um termo de cooperação formalizado, a atuação conjunta entre as instituições têm garantido o êxito das etapas iniciais do projeto.
Os trabalhos já realizados envolvem a retirada de arbustos e folhagens antigas das floreiras da avenida. As próximas etapas incluem a revitalização de canteiros, bancos e calçadas, além do plantio de novas flores.
O secretário municipal do Meio Ambiente, André Pedroso, destaca que a proposta é revitalizar uma das áreas mais movimentadas da cidade, por meio de ações simples, mas de grande impacto visual e simbólico. “A comunidade acolheu positivamente a proposta, com adesão de comerciantes, moradores e voluntários, que têm contribuído com doações de mudas e apoio à conservação dos espaços”, afirmou.
A delegada substituta da 3ª DPR, Gláucia Tonetto, salienta que a iniciativa tem potencial para gerar desdobramentos significativos em termos de educação ambiental. “Nosso intuito é ampliar ações voltadas à valorização e à reconstrução do meio ambiente. A sequência do projeto inclui limpeza detalhada, pequenos reparos, pintura de mobiliário urbano e o preparo das floreiras para o recebimento de novas mudas”, explicou.
Para o delegado regional, Irineu Koch, a participação dos apenados em ações como esta representa uma oportunidade concreta de reintegração social. “Trata-se de uma estratégia que humaniza o sistema prisional, ao mesmo tempo em que promove a profissionalização e a ressocialização. Temos exemplos de egressos que, após adquirirem habilidades dentro da unidade prisional, hoje estão empregados e plenamente inseridos no mercado de trabalho e na comunidade”, destacou.

Por Andréia Moreno/Ascom Polícia Penal RS
Foto/Divulgação- Polícia Penal RS

